O Terço do Rosário

Por: David Silva*

POEMA

O Terço do Rosário

O tempo passa…
É verdade!
Menos o meu amor
De asas de aves brancas
E Marias contadas por ti

E logo,
Tudo vai sendo escrito
Em hebraico por Cristo
Pelas letras da vida

Na realidade, vamos…
Trilhando, caminhando
Tudo se transformando
E no final de tudo,
Existirá apenas o amor

Sem ter ânsia do sexo
Seremos calma
Seremos alma
Seremos anjos
Pura inocência
Perante Cronos

História e glória
Um cometa-rápido
Um cometa-halley
Que um dia passou
As vistas humanas
Fulgurante luz
No escuro céu
Tornando-se

Ser e antologia
Uma mitologia
Apenas uma peça
Final do teatro
Ovacionado
Em aplausos
Fechou cortinas
Cadê as Marinas
Tornaram-se Ás
No jogo da vida
Um ponto dominó
Uma lenda urbana
Uma lenda bacana
Como lindo conto
Mágico de fadas
Num detalhe sábio
De um ponto grego
Na página de um livro
Debaixo de uma árvore

Na praça do Rosário
Rezando seu Vigário
Um terço de Rosário
Debulhando o trigo
Já não mais o joio
Maria com carinho
Espreme com seu mimo
Um cravo no meu rosto
Na mão, um branco lírio
Ponto a ponto um ponto
Matemática de bolinhas
Reza Pai Nosso e Credos
Dez Ave Marias contadas
Pomar de flores rosadas
Bendito sejam entranhas
Que delas nascem frutos
A cada dia em abributos
O nascer da vida por elas
Ó Virgem Mãe! Que saudade!
De tuas mãos cafuné de mãe

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* David Silva é militante no grupo do Cebi PE, participante do Grupo de Aprofundamento na Região do Agreste. É poeta, formado e graduado em História.

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