Tucum

Cebi Agreste: Grupo de Aprofundamento D. Sebastião Armando

Por: Sebastião Catequista.

Aos poucos fomos chegando. De perto e de longe, Caruaru, Recife, Toritama, fomos nos aconchegando mesmo em tempos de pandemia, respeitando a distância, tomando os cuidados necessários. Pois, muitos de nós carregamos, a etiqueta de “vulneráveis” e “alto risco” para pegarmos a Covid-19. Pelo menos, todos estamos vacinados com a primeira dose.

O que nos motivava está aqui, nessa sala do primeiro andar com paisagens natural exuberante e ao seu redor, casas populares de um bairro em ascensão? O que tínhamos a dizer um ao outro que não poderia ser dito pelas lives? É que tínhamos muito a dizer, a memorar, a celebrar e a matar saudades… e isso, não se diz, não se sente por meio de lives, valia apena arriscar. E esse é o tipo de risco que, segundo Jesus vale apena “dar a vida pelos amigos/as”. E com razão, damos evasão nesse contexto, às emoções pelas quais também passa a fé: David há muito desejoso de receber o anel do compromisso, havia feito todo um caminho “na carne” para isso. Intuía algo mais profundo do que só usar a “aliança preta”. Colocá-la no dedo numa celebração e em tom solene, lhe dava um caráter sagrado de comunhão e compromisso com os seus, com a caminhada e com os pobres. Ele mais que todos, ensejou e fez esse encontro entre nós acontecer. Outro motivo foi a celebração da vida de dom Sebastião Armando, nosso companheiro de longas datas de caminhada a nos blindar com sua lucidez, sabedoria, espiritualidade e testemunho da fé e da vida à luz do Ressuscitado, depois que passou por um AVC  e está vivo entre nós; também celebramos a páscoa e não a morte, de Odete, matriarca, como gosta de chamar o povo do Cebi por aqui. A mãe das Escolas Bíblicas do Cebi Agreste, falecida por esses dias em “idade, graça e sabedoria” dormindo serena num caixão, é para todos nós que a conhecemos uma mulher equiparada às grandes mulheres da Bíblia, na escuta, na ação, e no Serviço generoso ao Senhor Deus. Uma Maria como tantas e tantas “Marias” que no silêncio de sua simplicidade, louva, serve e encanta e se encanta com o Seu Senhor; Outro motivo ainda motivador desse encontro, foi lembrarmos também de Ir. Maria, no sétimo ano de sua páscoa vividos entre nós. Ela que por sua simplicidade, amor ao povo e a Bíblia, era para nós um sol que ilumina a caminhada; como vês, tínhamos muitos motivos, e ainda mais… o reencontro necessário de estarmos em circulo e à mesa do Senhor para partir o “Pão e o Vinho” da alegria e da Presença d’Ele entre nós a esperançar dias melhores, por esse tempo de pandemia, e ousar uma profecia utópica, mas real, de um país em que seus governantes seja um com o povo. E não um país de um só, que é genocida, sem coração, sem sentimento, e sem ação em favor da vida, que teima em ser “messias” do povo, com um projeto “da casa da escravidão” que por esse tempo não dá mais. Por todos esses motivos, nos encontramos.

 

Assim, fluiu nossa celebração, nossa partilha da palavra, entre risos, testemunhos, vontade de abraçar e ser abraçados [mas ficamos só na vontade], entre salmos, cânticos, e orações. Lembranças de um tempo em que, ao olhar para o presente, e vislumbrar o futuro, desejamos que ele venha mais vezes e logo, para podermos cantar na grande Ação de Graças os feitos do Senhor, como fazia nossos ancestrais bíblicos, quando via na História de suas ações, a presença de Javé, o Deus libertador, e em Jesus, a Face de Deus, que na carne visitou o seu povo.

Tudo isso, aconteceu neste sábado, 11 de junho, do presente ano de Nosso Senhor Jesus Cristo, de 2021. Para alegria dos irmãos e dos leitores, que como nós, ensaia uma novo porvir.

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